24/07/2007

colagem...

"quem anda 200 jardas sem vontade, anda seguindo o próprio funeral...
anda vestindo a própria mortalha..."
(Walt Withman)

Li isso num dos contos desse livro aí do Rubem Alves, que a mãe do Bru fez a gentileza presentesca de me emprestar. Me tocou intensamente, não pelo motivo em si do conto, ou será que o motivo do conto não é esse mesmo: escolhas e liberdades...

Fiquei pensando: é a gente que anda sem vontade, ou é a vontade que se descolou da gente?... de que vontade será que estamos falando.... não acho que é a mesma coisa que desejo... mas muitas vezes sabemos que determinado caminho é certo, mas não temos vontade de seguí-lo... será que dá para achar a vontade ou a nossa noção de certo que está errada... está certo algum caminho que nos faça caminhar sem vontade?...

o que é saber que está certo? o que sabe: nossa cabeça, nosso coração, nosso senso de responsabilidade?... tudo isso junto...

Como escreveu Rubem, está dito nas Sagradas Escrituras: "Como andarão dois juntos se não estiverem de acordo?"...

Como andarão a alma, a mente e o coração juntos, se não estiverem de comum acordo? Caminhar sem vontade, mas por senso de responsabilidade ou amor mostra um desacordo entre todas as partes... é possível negociar esse acordo nesse caminho e encontrar a vontade??? ou é preciso mudar os caminhos num novo acordo e caminhar com vontade???

o fato é que não dá pra ficar descolado nem da vontade, nem da alma, nem da mente e nem do coração!

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