31/07/2008

Tudo bem?

Pergunta corriqueira essa, né? A resposta, normalmente é automática... Mas eu, que não sou a favor da automtização da existência humana, mesmo que responda automaticamente, não consigo deixar de me incomodar com isso...

Ultimamente, quando alguém me pergunta, tudo bem, logo respondo: tudo bem, Graças a Deus! E isso não é uma mentira!!! Sim, está tudo bem e Deus tem tudo a ver com isso... sou uma pessoa abençoada e que tem muitas sortes na vida... não falta nada, não há do que reclamar... não mesmo!

Mas então, por que quando alguém me pergunta se está tudo bem, sempre tenho uma vontadezita de chorar... ou um aperto no peito que aumenta? POr que ultimamente só tenho sonhos ruins?

Porque está tudo bem aqui fora, mas falta algo aqui dentro... mas de fato quando me perguntam se está tudo bem, a resposta é que está e Graças a Deus... porque o outro tudo bem de que estou falando depende só de mim...

Então, a desautomatização dos "tudo bens", nesse caso, está exatamente em eu aprender a me fazer essa pergunta "oi, tudo bem garota?", todos os dias quando acordo e ter a coragem e o esforço de responder com sinceridade! Fica aí uma dica.

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Essa coisa de nos responder com sinceridade, para mim, é mais difícil do que parece... realizei isso nessa viagem que fiz agora... quando conheci os banheiros de todos os aeroportos em que passei.... verdade!
eu tenho aquela tal da síndrome do intestino irritável, mas até agora só tinha sentido quando comia algo pesado ou quando passava por algum nervoso brabo...
Na viagem, toda a vez que ia pegar um voô tinha uma cólica louca, ficava branca, precisava sentar no chão e depois, banheiros se cuidem... alquinho na bolsa e vamo que vamo...
Por que? Não sei! A primeira vez que tive medo de viajar de avião, foi indo pra Brasília, quando chegando em congonhas vi aquele muro preto com umas flores e fitinhas, em homenagem aos desencarnados no aciedente da TAM. Sem brincadeira, entrei no avião com pavor... e olha que já tinha viajado várias vezes... depois de rezar bastante e voltar a ser dominada pela fé de que nada acontece por acaso nessa vida, melhorei e tive uma viagem tranquila.... na volta, o medo veio pequenininh, mas logo foi superado...
Na viagem agra, nem cheguei a pensar no medo.... mas as cólicas chegaram e associei a isso... mas daí, comcecei a ter cólicas em qualquer tipo de deslocamento que fazia de uma cidade a outra... mesmo que de trem...
Ops, então, o mdeo não é só do avião...
Medo de morrer sem ter completado o que vim fazer? Medo de morrer sem nem saber o que vim fazer? Medo de ter medo? Medo da auto-imagem?
Não sei. Não sei. Não sei.
Tudo bem, com voce garota? Não sei!
É nessa viagem me dei conta que não sei o que sinto com sinceridade. Meu esforço em ser linear é tão forte e automático, que muitas vezes sufoco sentimentos sem nem saber que eles existiram...
O problema é que na minha fé, acredito que muita coisa que a gente é vem de outras vidas e que se nessa não somos capazes de extinguir determinados humores e manias (hábitos), ao menos somos capazes de minimizar... mas para lidar com algo, precisamos conhecê-lo e admití-lo... então, ta aí meu começo, conhecer o que sinto, para admitir pra mim mesma e lidar com isso...
Quer conversar sobre isso? Não. Por que? Porque isso a gente não conversa com os outros, conversa com a gente mesmo... Pra mim, não tem outro jeito, senão reservar uns minutos no dia e me obrigar a falar comigo, mesmo que eu fique quieta, mas fico quieta comigo e com a intenção...
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E sim, realmente está tudo bem, Graças a Deus!
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(A imagem é do meu amigo Balbi - pra ver as ilustrações animais que ele faz, clique aqui.)

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